Essa é a história de um escravo. Um pseudo-súdito de um reino perdido, derrotado.
O escravo vivia às custas de sua ignorância mortal. Achava ele que o reino em que vivia, aparentemente como um súdito qualquer, era o lugar ideal. Era o verdadeiro oásis no meio da incerteza corriqueira do "o que vem após a morte?".
Esse súdito, sem saber ser escravo, via as coisas pelo ângulo errado. Não sabia explicar, por exemplo, de onde ele vinha e pra onde ia, mas sabia fazer uma pose única, empostar a bela voz e dizer em alto e bom som "a ciência diz isso, diz aquilo...". Não é incoerente?
Esse escravo, pensando ser um súdito, também achava que era alguém bastante justo. Não errava. Mas aí estava o erro...
Ele não passava de um pobre, sujo e maltrapilho escravo de sua própria ignorância disfarçada de ciência acadêmica. Pense: ele nem ao menos sabia para onde ia... nem de onde vinha!
Até que ele soube de um Rei. Não o rei monótono que conhecia, que lhe concedia prazeres que sempre passavam sem deixar pistas de onde foram parar e o tornavam mais escravo que antes. Não. Esse novo Rei era muito diferente.
Soube que esse Rei tinha feito por ele, escravo, um sacrifício tal que lhe custara a própria vida, somente para que o escravo se tornasse um verdadeiro súdito, mas de outro Reino. Algo relacionado à uma cruz, algo assim...
O escravo, movido então por um desejo até então não percebido, procurou o novo Rei. Não demorou 10 minutos a conversa entre os dois, o escravo já virou súdito.
Nunca mais deu as caras no antigo reino. E só se sabe isso sobre ele, afinal, ele era só um escravo sem importância.
quarta-feira, 4 de março de 2009
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